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terça-feira, 31 de março de 2015

Redução da maioridade penal é aprovada na CCJ da Câmara

Entidades defendem que a redução de 18 para 16 anos da maioridade penal é inconstitucional; texto segue para uma comissão especial antes de ir para o plenário da Casa. 

(imagem da internet*)

Sob protestos, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou proposta de emenda à constituição que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal. 

A PEC 171/1993 foi considerada constitucional por 42 deputados, que aprovaram o relatório do deputado Marcos Rogério (PDT/RO) - favorável à admissibilidade da proposta - diante de 17 votos contra. Ele foi escolhido como novo relator após o parecer original, do deputado Luiz Couto (PT-PB), contrário à admissibilidade da proposta, ser vencido por 43 a 21 votos.


   Você é a favor da redução da maioridade penal? 


O texto segue para análise de uma comissão especial a ser formada que pode demorar até 40 sessões e terá de passar por duas votações no plenário da Câmara. “Ela (a PEC) visa reduzir um direito individual, o que é expressamente proibido", afirmou Couto, ao defender que a proposta deveria ser arquivada por alterar uma cláusula imutável da Constituição de 1988. Ele também destacou a ineficácia da medida para reduzir a violência. 

Segundo dados do Ministério da Justiça de 2011, menos de 1% dos homicídios foram cometidos por menores de 18 anos. Do total de jovens que cumprem medidas socioeducativa, a maioria cometeu que crimes patrimoniais como furto e roubo (43,7% do total) e envolvimento com o tráfico de drogas (26,6%).

Desde o início da sessão, PT, PSol e PCdoB usaram manobras regimentais a fim de impedir a votação, mas foram vencidos.

Eles tentaram sem sucesso evitar a inversão de pauta para que o projeto fosse o primeiro item a ser discutido e retirar o tema da pauta, além de promoverem obstrução, se revezando em discursos. De acordo com eles, a mudança é inconstitucional por querer alterar cláusulas imutáveis da Constituição. Já parlamentares favoráveis se pronunciaram brevemente, a fim de agilizar o debate.


O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), também destacou a inconstitucionalidade da medida. O partido estuda enviar um mandado se segurança ao Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de evitar a tramitação da PEC. Ele lembrou ainda que o Estado da Criança e do Adolescente (ECA) prevê sanções a menores infratores. “É possível que um adulto fique menos tempo preso por um homicídio do que um adolescente que cometa o mesmo crime”, afirmou.

Por outro lado, o deputado Evandro Gussi (PV/SP) afirmou que não é unanimidade entre juristas o entendimento da inconstitucionalidade. "Não há essa leitura apenas. Vamos afastar essa ideia de que essa é uma cláusula pétrea" disse. O deputado Giovani Cherini (PDT/RS) ressaltou que é preciso diminuir a certeza da impunidade de adolescentes de 16 anos que cometem crimes. 

Protestos
A fim de evitar tumultos como os da semana passada, a entrada de ativistas a favor e contrários à proposta foi limitada a 15 pessoas de cada grupo. Aqueles pró-redução seguram cartazes com frases como “O Brasil pede a redução da maioridade penal”. Já manifestantes contra a redução exibiram faixas com os dizeres "mais escolas e menos cadeias " e “crianças e adolescentes são pessoas em desenvolvimento e necessitam de uma proteção especializada, diferenciada e integral”. Eles gritaram “não à redução” e "fascistas, não passarão" no fim da sessão.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou um comunicado contrário à medida, por considerar que ela viola direitos e garantias individuais. Outras entidades, como o Conselho Nacional dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes (Conanda), o Conselho Federal de Psicologia e Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (Anced) também se opõem à medida. Eles argumentam que ela será ineficaz na redução da violência no país, além de ir na contramão das recomendações internacionais. 

O que muda 

A Proposta de Emenda à Constituição 171 de 1993 altera a redação do artigo 228 da Constituição Federal, reduzindo a maioridade penal de 18 para 16 anos. Atualmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que a partir dos 12 anos, os jovens estão sujeitos a sanções por cometerem crimes, sendo três anos o tempo máximo de internação. As medidas socioeducativas tem caráter predominantemente educativo e não punitivo. Elas incluem prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação.


Fonte: Correio Braziliense



*imagem da internet, meramente ilustrativa:
http://www.umarizalnews.com.br/2014/11/reducao-da-maioridade-penal-e-realidade.html

 



PREFEITURA DE IÚNA ADQUIRE 200 LIXEIRAS PARA INICIAR COLETA SELETIVA


A Coleta Seletiva em Iúna já começou. Nesta quinta-feira, 200 lixeiras específicas para a separação de lixo seco e úmido estão sendo entregues em todos os setores administrativos da Prefeitura de Iúna e das escolas municipais. 

Os servidores receberão orientações da equipe de Meio Ambiente sobre a forma correta de destinação de cada resíduo.

Este é um passo importante para iniciar a coleta seletiva na cidade. “Nesta primeira etapa, a estimativa é que mais de 1.000 litros de resíduos sejam coletados de forma correta e que vão contribuir para diminuir o volume de lixo nos aterros e, principalmente, serão reutilizados e gerarão renda para a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis”, explicou o Secretario de Obras, Serviços Urbanos e Infraestrutura, Waldrem Marcelo Oliveira.

A ação faz parte do planejamento de implantação da coleta seletiva no município, que desde o segundo semestre do ano passado vem recebendo importantes investimentos, como a formação da Associação de Catadores, que será responsável por toda a coleta seletiva.

Desde o ano passado, a Prefeitura, por meio das secretarias de Meio Ambiente e de Obras, Serviços Urbanos e Infraestrutura, realiza pesquisas com a população, reuniões de orientação e adesão com empresários locais sobre a importância de separar o lixo comercial e palestras de educação ambiental nas escolas públicas.

Fonte: AQUIES



MENINAS RECEBEM ORIENTAÇÃO E SÃO VACINADAS CONTRA HPV EM ITAPEMIRIM


Crianças e adolescentes que estudam em escolas municipais de Itapemirim começaram a receber orientações sobre a vacinação contra o HPV na última quarta-feira (25). 

Uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde visitou três escolas do interior do município, explicando a importância da vacinação e os riscos causados pela doença. Na ocasião, 35 crianças que ainda não tinham sido vacinadas receberam a dose. As escolas visitadas ficam em Luanda, Frade e Sapucaia.

 Nas próximas semanas, outras escolas municipais devem receber a visita da equipe da Saúde. A meta é vacinar todas as meninas entre nove e treze anos, idade recomendada pelo Ministério da Saúde. 

A vacinação, agora, é parte do calendário anual do município, o que significa que pode ser aplicada em qualquer época do ano. Para isso, basta procurar uma das unidades de saúde municipais e solicitar a dose.

“Percorrer as escolas do município orientando as meninas sobre a importância da vacina contra o HPV possibilita que mais pessoas saibam os riscos que essa doença pode trazer para a saúde. 

O HPV é uma das causas do câncer do colo do útero, um dos mais recorrentes nas mulheres. Por isso é importante que todas sejam vacinadas”, orienta o secretário municipal de Saúde, Alex Wingler.

Fonte: AQUIES





MORADORES DE BOM JESUS DO NORTE QUEREM SOLUÇÃO EM VIA


Redação 
Buracos, lama e muitos transtornos para moradores, pedestres e motoristas que utilizam a estrada que liga o Bairro Belvederes à Localidade de 3 porteiras, em Bom Jesus do Norte(ES). 

O trecho de aproximadamente sete quilômetros que é a principal via de escoamento da produção agrícola foi pavimentado a cerca de oito anos através do Programa estadual Caminhos do Campo, porém com o trânsito permanente e sem manutenção o que era para ser a solução para quem utiliza o trecho acabou se tornando um grande problema.

Dona Júlia moradora do local disse que em períodos de chuva os carros passam e jogam lama dentro de sua casa. “De tanto sofrimento, eu e meu marido pegamos terra e tapamos alguns buracos em frente a nossa casa mas não adianta, pois no outro dia abre tudo de novo”, lamentou. 

Outro que também reclamou foi o produtor rural Antônio Pedro. “Infelizmente o meu carro teve o pneu cortado, além de danificar a barra de direção. Quem vai pagar o nosso prejuízo? Esperamos uma resposta das autoridades”, pondera.

A estrada, além de atender o escoamento da produção agrícola, atende também o transporte de alunos do interior e moradores do Bairro Grande Vitória. Outro problema abordado pelos moradores é a falta de acostamento e sinalização que contribuem para aumentar o risco de atropelamentos.

Procurada pela reportagem, a prefeitura informou que o referido trecho é de responsabilidade do Governo do Estado. “Temos conhecimento da situação precária que se encontra a estrada, e por determinação do Prefeito Ubaldo já estamos concluindo um relatório e estaremos encaminhando ainda esta semana para a Secretaria Estadual de Agricultura solicitando medidas urgentes”, informou Alex Luiz de Oliveira, Secretário municipal de Planejamento.

Fonte: AQUIES



BASE FIXA DA PMERJ no “laguinho”: Um sonho que já poderia ter se tornado realidade!

Desde a “desativação” do trailler da Polícia Militar na entrada da cidade, a possibilidade de construção de uma BASE FIXA da PMERJ no trevo do laguinho, certamente, traria muito mais tranquilidade aos moradores da região e também a toda população.

(imagem da internet, meramente ilustrativa*)
Tem sido amplamente divulgado na Tribuna do Poder Legislativo Municipal, por vereadores da oposição, o fato da SEGURANÇA PÚBLICA no município, especialmente, sobre a possibilidade do retorno da Polícia Militar ao trevo do laguinho de Bom Jesus/RJ, na conceituada "Operação Divisa", na fronteira dos Estados do RJ x ES.

Vale ressaltar que, naquele local, no passado, existia um trailler da corporação, onde se fazia um intenso e brilhante trabalho voltado a questão da PREVENÇÃO aos mais diversos atos ilícitos, tais como: entrada de entorpecentes e material bélico na cidade, furtos de veículos, etc.

Todavia, é importante destacar que, no antigo trailler, a PMERJ não possuía uma infraestrutura adequada capaz de proporcionar aos policiais uma melhor qualidade dos trabalhos que ali estavam a serviço. Ex: um local adequado para o descanso (alojamento), banheiros, Copa/Cozinha, Climatização do ambiente, etc., e outros itens essenciais para uma melhor produtividade, com pelo menos um mínimo de conforto aos PMs que ali ficavam expostos ao sol ou chuva, calor intenso ou frio, protegendo a nossa cidade. E, mesmo assim, com todo afinco, sempre prestaram um excelente serviço! 

Contudo, vislumbrando o bem estar da coletividade e na intenção cooperar com o Poder Legislativo Municipal, PROTOCOLEI um Requerimento no dia 23/12/2013, sugerindo ao Presidente daquela Casa de Leis, para que os nobres edis pudessem intervir junto ao Poder Executivo Municipal, solicitando que fosse construída uma BASE FIXA da PMERJ (com toda estrutura necessária ao bom andamento dos serviços) no local antes ocupado pelo antigo trailler da Polícia Militar, visando uma maior sensação de segurança a nossa população.









Infelizmente, até a presente data, nada de concreto foi realizado.

O que está faltando para o "sonho" se tornar REALIDADE?

Por fim, vale dizer...

A ESPERANÇA NÃO MORRE JAMAIS!



(Blog do Luciano Egidio)



*imagem da internet:
http://www.rj.gov.br/web/imprensa/exibeconteudo?article-id=2223552

segunda-feira, 30 de março de 2015

Propaganda eleitoral é liberada para eleição de prefeito e vice em Natividade

Ao todo, serão três chapas que concorrem pelos cargos.
O DIA

(imagem da internet*)
Natividade (RJ) - Liberada a partir desta segunda-feira (30), a propaganda eleitoral em Natividade será movimentada por três campanhas à Prefeitura da cidade.

A Coligação Natividade Merece Mais lançou a prefeito Francisco José Martins Bohrer, o Chico da Saúde (PT), e para vice, Alan José de Souza Santos, o Alan Batata (PPS).

Pelo Partido Social Democrático (PSD), concorre a chapa formada pelo candidato a prefeito Eriques Lopes da Silva, o Mineirinho, e a vice, Jussara da Fonseca Suzano.

A chapa da Coligação Natividade União e Paz é liderada por Severiano Antônio dos Santos Rezende, o Severiano Neném (PRTB), e tem como vice Robson Rodrigues Barreto, o Robson do Açougue (PSL), vereador e presidente da Câmara que assumiu interinamente a Prefeitura.

Os candidatos já podem fazer comícios e utilizar alto-falantes e carros de som.

Desde que não seja paga, a propaganda também é permitida na internet.

A juíza 43ª ZE, Leidejane Chieza Gomes da Silva, vai definir a data em que reunirá os representantes de emissoras de rádio e partidos políticos para elaborar o plano de mídia do horário eleitoral gratuito.

Veiculada entre os dias 2 e 14 de maio, a propaganda gratuita vai ocorrer apenas no rádio, sempre segundas, quartas e sextas, das 7h às 7h30 e das 19h às 19h30.

Fonte: O Dia



*imagem da internet, meramente ilustrativa


Brasil fica na 20ª posição em ranking internacional de perda de água.

RIO (agências internacionais) - O Brasil ocupa a 20ª posição em um ranking e perda de água tratada num total de 43 países.

(imagem da internet*)


O levantamento foi feito pelo International Benchmarking Network For Water and Sanitation Utilities, com dados de 2011.

De acordo com o estudo, o Brasil perde 39% de sua água tratada. As perdas antes que a água chegue ao consumidor final incluem casos como vazamentos e ligações clandestinas.

Na lista, o Brasil fica atrás de países como Vietnã, México, Rússia e China.

A nação que mais perde água tratada na lista é Fiji, país da Oceania que desperdiça 83% da água que trata.

Já entre os com menor índice de perda estão Estados Unidos e Austrália.

(imagem da internet**)

Fonte: JB FM


*imagem da internet, meramente ilustrativa:
http://envolverde.com.br/noticias/desperdicio-de-agua-tratada-pode-chegar-a-50-nas-grandes-cidades-so-com-vazamentos-da-rede/

**imagem da internet, meramente ilustrativa:
http://www.atilalemos.com.br/2014/09/camapnha-denuncie-o-desperdicio-de-agua-em-itabira/









Empregador terá que pedir seguro-desemprego pela internet a partir de 4ª feira

BRASÍLIA - As empresas terão que passar a preencher o requerimento do seguro-desemprego de seus empregados pela internet a partir da próxima 4ª feira (1º de abril).

(imagem da internet*)
O objetivo do Ministério do Trabalho com essa mudança é tornar mais rápido o atendimento ao pedido e garantir a autenticidade dos dados, possibilitando o cruzamento de informações sobre os trabalhadores em diversos órgãos.

Os empregadores só poderão preencher o requerimento do seguro-desemprego e a comunicação de dispensa de trabalhadores por meio do aplicativo disponível no portal mais emprego.

A entrega dos formulários impressos, utilizados atualmente, será aceita até amanhã, dia 31 de março.

Fonte: JB FM

*imagem da internet, meramente ilustrativa:
http://www.segurodesemprego



O que todo prefeito precisa saber sobre "educação"

É fundamental que o prefeito conheça os conceitos básicos sobre educação para entender o que compete à prefeitura, o que compete às escolas e o que compete aos professores.

Por: João Batista Araujo e Oliveira


Para exercer sua função, todo prefeito precisa entender os fundamentos básicos das várias áreas de atuação da Prefeitura: abastecimento, saneamento, saúde pública, transportes e mobilidade urbana, código de obras, contabilidade pública etc etc. Não basta escolher as pessoas certas para cuidar de cada setor. 

O prefeito precisa ter um mínimo de informação e conhecimento sobre os setores e os interesses em jogo para saber ouvir, avaliar e tomar decisões.

Isso também se aplica à educação. Não basta saber a nota que o município tirou no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), é preciso entender o que leva o município a atingir uma determinada nota. Não basta escolher um secretário por critérios de acerto de contas político, lealdade ou mesmo competência. Quem responde perante a população é o prefeito e sua equipe o faz apenas por delegação.

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Tratamos aqui apenas de dois conceitos fundamentais para entender educação: o conceito de escola e o conceito de pedagogia. No debate político e nos embates quotidianos da gestão da educação, esses dois conceitos estão intimamente ligados.

Para que serve a escola? Em que consiste o debate? Há duas correntes principais sobre esse tema.

Uma corrente advoga que a função principal da escola é transmitir o patrimônio cultural acumulado pela humanidade, de forma que o aluno conheça e aprecie o conhecimento produzido até hoje e seja capaz de fazê-lo avançar. 

O nome "ensino tradicional" ou "escola tradicional" está associado à ideia de tradição, que tipicamente é transmitida na forma das "disciplinas escolares". Essa corrente vem perdendo terreno no último século, mas ainda é dominante na maioria dos países desenvolvidos e em parte da América do Norte.

A outra corrente advoga que o objetivo principal da escola é promover a auto-realização, tornar as pessoas auto-confiantes e felizes. A escola deixa de ser responsável por transmitir a herança cultural entre as gerações: seu objetivo agora é promover a "auto realização". 

No limite isso significa liberar os alunos de deveres enfadonhos e repetitivos, da disciplina e do rigor necessários para aprender, da aprendizagem de conteúdos obrigatórios e introduzi-los a um mundo de aprendizagem livre de coerções apoiado pela simpatia e encorajamento. 

O professor torna-se um apoiador, ajudando o aluno a descobrir por si mesmo o que - num certo sentido - ela já sabia. Essa tradição firmou suas raízes a partir das publicações do filósofo norte-americano John Dewey no início do século XX e foram introduzidas no Brasil por Anísio Teixeira. 

Paulo Freire aprofundou uma vertente dessa corrente, ao criticar a ênfase excessiva da escola tradicional no que denominou de pedagogia "bancária", representada pelo ensino e "cobrança" de conhecimentos e conteúdos - cujo ensino estaria em detrimento da formação do espírito crítico. Nessa vertente, o ensino vira militância.

Na maioria das escolas hoje temos uma mistura dessas duas versões, e essa mistura não costuma funcionar bem, pois no compromisso entre elas perdeu-se a clareza sobre o que esperar da escola e o que cobrar dela.

O que é pedagogia? O que é importante o prefeito saber a respeito de pedagogia?

Pedagogia, no sentido tradicional, refere-se ao conjunto de métodos e técnicas utilizados para promover o ensino. A pedagogia tornou-se uma disciplina quando os países precisaram universalizar a educação para fazer face aos desafios da revolução industrial, especialmente a partir do século XVIII. Nesse sentido a pedagogia refere-se aos instrumentos do professor/educador para exercer o seu ofício.

Atualmente, e especialmente no Brasil, a palavra pedagogia assumiu diversos outros sentidos. Geralmente é usada no sentido mais amplo, como sinônimo de "educação" ou até mesmo "ciência" ou "ciências da educação". Assuntos com a definição da função da escola e o que nela se deve ensinar - tema de natureza eminentemente política e filosófica - costumam ser capturados e restritos ao debate pedagógico ou considerados "reserva de caça" dos educadores. 

Um exemplo claro é a ideia, corrente no Brasil, de que cabe à escola e a cada professor decidir sobre o que ensinar.

A perda de uma noção clara sobre o papel da escola na sociedade aliada à confusão sobre o sentido e lugar da pedagogia tornou disseminada a ojeriza cultivada no país à ideia de currículos, programas de ensino ou qualquer tentativa de se organizar as redes de ensino.

Ao mesmo tempo, o pensamento que se tornou hegemônico na educação defende uma autonomia irrestrita das escolas e professores, até mesmo para estabelecer o que deve ser ensinado em cada série escolar - e até mesmo há os que acham que ensinar é algo secundário.

O monopólio da discussão e a adoção de ideias que se tornaram quase hegemônicas também vem contribuindo para disseminar a ideia de que educação é algo para os educadores e para os professores - e não primordialmente para a sociedade e para os alunos. Três exemplos ilustram o ponto. 

Primeiro, todos os fóruns e "pactos" que se tornaram moda realizar no Brasil ficam restritos a debates entre um subconjunto de educadores pré-selecionados. Aqui e ali se fazem concessões para ouvir alguns grupos de pressão apenas para cumprir tabela. 

O processo de "debate" que levou à aprovação da Lei do Plano Nacional de Educação é um exemplo disso. Segundo, todas as "conquistas" alardeadas pelas corporações profissionais referem-se a benefícios adquridos pela classe, não a avanços no desempenho dos alunos. 

Terceiro, nas inúmeras greves que ocorreram nas últimas décadas, a greve sempre começa com uma lista de dezenas de reivindicações a favor da escola pública. E a greve termina quando se faz o acordo salarial - sem qualquer menção às demais questões.

Não se pode censurar os sindicatos e professores para lutar por melhores salários e condições de trabalho. Nada mais justo, eles existem para isso. Mas podemos censurar os governos e responsáveis pela educação ao ignorar sua função e suas responsabilidades. 

É pouco o que o prefeito precisa saber sobre educação. Mas esse pouco é fundamental para entender o que compete à Prefeitura, o que compete às escolas e o que compete aos professores. Educação tem um único objetivo: assegurar o sucesso do aluno - que é a condição de sobrevivência da espécie, da nossa sociedade.


João Batista Araujo e Oliveira é presidente do Instituto Alfa e Beto

Fonte: veja.abril.com.br




Vacina é a solução para a dengue... em 2017

A vacina brasileira desenvolvida pelo Instituto Butantã apresenta eficácia de até 90% contra a doença. No entanto, a pesquisa que permite a confirmação desse resultado só será concluída no fim de 2016.

 
O aumento no número de casos de dengue em São Paulo provocou uma corrida por uma vacina que proteja contra a doença. O governador do Estado, Geraldo Alckmin, afirmou que pedirá à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) uma autorização especial para antecipar a produção do imunizante que está sendo desenvolvido pelo Instituto Butantan, ainda em fase de testes. 

Pelos critérios médicos e científicos, no entanto, o pedido não resolverá o problema neste ano. A vacina do Butantan só ficará pronta no fim de 2016, com as doses disponíveis para a população no início de 2017.

"As vacinas contra a dengue são, sem dúvida, promissoras, mas apenas uma esperança para o combate", afirma a infectologista Rosana Ritchmann, membro do Comitê Permanente em Imunização da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (CPAI). "Elas se mostraram seguras e oferecem imunização. Porém, como são novas, ainda há questões que precisam ser resolvidas e elas só ofereceriam a proteção necessária em 2017."

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Atualmente não há nenhuma vacina disponível para proteger contra a dengue, mas existem algumas sendo desenvolvidas por laboratórios farmacêuticos ou institutos de pesquisa. 

As mais avançadas são as do Sanofi Pasteur, que está em desenvolvimento há cerca de 20 anos, e a do Instituto Butantan em parceria com o National Institutes of Health (NIH, na sigla em inglês). Outras vacinas estão sendo feitas pelo GlaxoSmithKline, em parceria com a Fiocruz, pela Takeda Pharma e pela americana Merck.

Entre todas, a do Instituto Butantan é a que apresenta os melhores resultados. As primeiras conclusões dos ensaios de fase II, que analisam, principalmente, a segurança e a capacidade de a vacina produzir anticorpos, mostraram que ela tem uma capacidade de proteção de 85% a 90% contra os quatro sorotipos da doença. 

Com uma única dose, ela foi capaz de proteger 97% dos casos de dengue do sorotipo 1, 80% do sorotipo 2, 97% do sorotipo 3 e 100% do sorotipo 4. Os estudos foram feitos com 300 brasileiros e 600 americanos, de acordo com o Instituto Butantan.

Antes de chegar à população, entretanto, o imunizante precisa ainda passar pela fase III, que deve ser feita com 10 000 a 20 000 pessoas para avaliar a segurança e comprovar a eficácia das doses. O pedido que será enviado pelo Butantan à Anvisa até o fim desta semana vai solicitar o início desta fase. O propósito é vacinar 10 000 voluntários até o fim do ano.

"Estamos finalizando a fase II e, com esses resultados, já podemos iniciar a III. Não vamos pular nenhuma das etapas do estudo científico, mas queremos apressar a autorização para conseguirmos começar a próxima fase rapidamente", explica o infectologista Esper Georges Kallás, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e um dos principais pesquisadores da vacina. "De todo modo, se conseguirmos fazer isso ainda este ano, os resultados só começarão a aparecer da metade para o fim do próximo ano."

Proteção - O imunizante da Sanofi Pasteur, que já tem concluída a fase de estudos e, de acordo com a empresa deve ser lançado entre o fim deste ano e o início de 2016, protege contra a doença em 60,8% dos casos. 

A última fase da pesquisa, que contou com a participação de cerca de 30 000 jovens até 16 anos, incluindo 3 500 brasileiros, apresentou eficácia diferente contra os quatro sorotipos da doença. Ela evitou mais de 70% dos casos de dengue tipo 3 e 4, e menos de 50% das infecções por dengue tipo 1 e 2. No Estado de São Paulo, a atual epidemia é causada em sua maior parte pelo sorotipo 1. Os 2 e 3 são os mais relacionados a casos graves de hospitalizações e mortes.

A vacina ainda é capaz de reduzir em até 80% o risco de hospitalização causada por complicações da dengue e diminuiu em 95% os casos graves da doença. Para oferecer a proteção completa, são necessárias três doses, com intervalo de seis meses entre elas. Além da baixa proteção contra algumas cepas e a falta de estudos de longo prazo, esse é um dos pontos que recebe a crítica dos especialistas, pois a adesão a vacinas que precisam ser tomadas em intervalos longos costuma ser baixa e, assim, sua eficácia é reduzida. 

Para que ela seja utilizada no Brasil, um dossiê com seus resultados precisa ser submetido à Anvisa, que avaliará a eficácia e decidirá se ela poderá ser usada no país.

"A solução definitiva seria ter uma vacina que ofereça alta proteção contra os quatro sorotipos da doença com uma única ou poucas doses. Esse é o sonho dourado de todos que estudam o combate à dengue", afirma Kallás.

Dengue em SP - Dados divulgados na semana passada pela Secretaria Estadual da Saúde mostram que São Paulo teve neste ano 80 283 casos de dengue, 73,8% a mais do que nos três primeiros meses de 2014. Pelo menos 67 pessoas já morreram desde janeiro por complicações da doença. 

No interior do Estado, um terço das 645 cidades paulistas registrou em apenas dois meses de 2015 mais casos de dengue que em todo o ano passado, de acordo com um levantamento do jornal O Estado de S. Paulo.Na capital, de janeiro a 14 de março, foram notificados 15 789 casos da doença, ante 4 326 no mesmo período de 2014.












Fonte: veja.abril.com.br